UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
|
Curso de Especialização em Educação na
Cultura Digital
Professora Tutora: Sandra Carolina
Portela
Cursistas: David Vizentainer Scalvim
Lourival Charles
Longhi
Sandra Helena
Maciel
Tarsis Flôr
Escola de Educação Básica Alfredo
Zimmermann
Guaramirim
Retrato
da Escola na Cultura Digital
A inserção das tecnologias na
sociedade e sua característica de estar presente em vários lugares ao mesmo
tempo, permitiu uma crescentedos ambientes de aprendizagem. A Instituição Escola
já não é a única a construir, repassar ou socializar conhecimentos, existem
outras maneiras e espaços, que abrem novas discussões. Hoje se aprendenos
lugares mais diversos, em tempos díspares, interagindo com diferentes pessoas.
Com o aumento do oferecimento das TDIC, surgem outros modos de aprendizagem,
além dos tradicionais, que já fazem parte daunidade escolar.
Aprender na Cultura Digital é tarefa
fácil, com muitos estímulos, informações e ferramentas que florescem
diariamente transformando um quadro negro em pixels coloridos. O acesso ao conhecimento é conseguido de forma direta
e rápida, com um grande leque de informações disponíveis na web, que podem ser
ilustradas em várias fontes e mídias diferentes. Soma-se ainda, os vários aplicativos
e jogos educativos que tornam as aprendizagens mais excitantes.
Mas,
nos ambientes escolares, têm-se alguns obstáculos.Como, um modelo de escola e
educadores ultrapassado, pois, as ferramentas e os veículos ali utilizados não
fazem parte do contexto e cotidiano dos educandos.O resultado são as
dificuldades em estimular o interesse, e dialogar os conhecimentos, função e
significados dos mesmos. É preciso
acompanhar as necessidades de nossos “clientes”, que como a sociedade, de modo
geral, está sempre em movimento.
O conhecimento também, não pode ser estático, é
transformação e a resultante é atualizaçãodo formato de nossas escolas,
justificativa para confecção do retrato da escola em relação ao uso das TDIC
nos processos de ensino aprendizagem, visualizando o que está dando certo e o
que está em potencial às melhorias.
1.
QUESTIONÁRIO AOS EDUCADORES
Foi elaborado um
questionário para compreender os educadores quanto ao uso das tecnologias
dentro e fora da sala de aula. O questionário foi composto por 10 questões
objetivas, respondidas por 16 profissionais educadores.
Mesmo com um grupo docente com duas faixas etárias bem
definidas, a primeira entre 20 e 35 anos e a segunda entre 41 e 51 anos,
percebemos que todos possuem acesso e conhecimento de algum recurso tecnológico
fazendo uso dos mesmos no seu dia a dia. Mas, a grande maioria utiliza apenas
eventualmente a tecnologia como metodologia de prática de ensino, mesmo
acreditando que as TDIC favorecem o maior interesse e maiores aprendizados,
alguns ainda preferem utilizar materiais impressos e a prática da aula
tradicional, por medo ou falta de instrução de como melhor incorporar as TDIC
em seus planejamentos.
Entendemos a falta de capacitação para os professores
para uso técnico e pedagógico das ferramentas digitais disponíveis. E
projetamos como potencial a ser trabalhado através de palestras, encontros e
cursos de capacitação aos educadores.
2.
REFLEXÕES PROPOSTAS AOS EDUCANDOS
Aos educandos propomos
reflexões em forma de questionário dissertativo, que poderia ou não, ser
respondido em grupos compostos de aproximadamente 05 alunos. Com a formação de
grupos, a intenção é a geração de discussões e debates. As reflexões propostas
foram:
- Que recursos das TDIC vêm sendo utilizados por vocês, para que e como?
- Como as TDIC vêm sendo utilizadas na escola pelos professores?
- O que vocês identificam sobre o conhecimento dos professores sobre as TDIC?
- Como vocês utilizam as TDIC na escola e o que pensam sobre essas experiências?
- Todos vocês possuem acesso à internet fora do ambiente escolar?
Diante dos questionamentos acima, visualizamos fontes
interessantes, que podemos destacar em algumas falas:
“Quando
vamos (no laboratório de informática), nem todos fazem o necessário. Entram no
“facebook”, ficam jogando, e não aproveitam”. (Fala de um grupo de alunos do 1º
ano do Ensino Médio).
“Alguns
professores utilizam estes recursos com sabedoria, porém, outros professores
utilizam estes recursos com inexperiência” (Fala de um grupo do 7º ano do
Ensino Fundamental).
“Acho
que nós estamos meio dependentes das redes sociais como: twitter, facebook,
instagram, whatsapp, entre outros”. (Fala de aluna do 1º ano).
“Eles
(os professores) podiam levar nós mais vezes para o laboratório de informática
e para o auditório, trazer mais tecnologias para a sala”. (Depoimento de alunos
do 6º ano do Ensino Fundamental).
“Temos
muitos laboratórios, mas quase nunca são usados. Fazer novos laboratórios de
física, matemática, ciências/biologia pra termos! Por que quase não vamos lá?”.
(Fala de educandos do 8º ano do Ensino Fundamental).
“Temos
acesso à internet, porém, precisaria ser mais ágil para a demanda da nossa
escola”. (Depoimento de educandos do 9º ano do Ensino Fundamental).
“Em
minha casa não tem internet, meus pais não deixam usar internet”. (Fala de um educando do 6º ano do Ensino Fundamental).
Outro dado relevante que constatamos, é que, a cada 05
(cinco) alunos ouvidos 01 (um) não possui acesso à internet fora da escola.
Esse número para nossa unidade escolar é bastante pertinente. Contando que a
Escola Alfredo Zimmermann têm aproximadamente 1100 alunos matriculados, isso
significa que 220 alunos ou 20%, para efetivamente, estarem inseridos e
participantes da cultura digital, em específico no contato com a rede,
internet, ainda dependem da escola.
3. RECURSOS QUE A ESCOLA POSSUI
A escola Alfredo
Zimmermann possui diversos recursos tecnológicos em condições de utilização: 01
laboratório de informática com 36 computadores, 01 laboratório de matemática
com 12 computadores, 01 laboratório de física com internet, 01 laboratório de biologia, química e ciências com internet, 01 auditório com data show
fixo, 02 data show móveis, 02 computadores na sala dos professores com internet, 06 tablets para professores,
01 máquina fotográfica digital e 02 microfones com caixa de som.
Fazendo o levantamento dos recursos de TDIC que a escola
possui, observamos que a unidade já possui boas possibilidades de recursos,
porém, alguns têm potencial para serem melhorados, em relação, ao uso e a
qualidade dos mesmos.
Alguns dos recursos que podem ser melhorados, em relação
ao uso, são os laboratórios. Em potencial a inclusão no planejamento anual e
curricular por parte dos professores em suas disciplinas. Melhoria do sinal de
internet através da implantação de cabos de fibra óptica, já solicitado em
ofício, na data de 02 de setembro de 2014, ao governo do estado, pelo professor
e vereador Lourival Charles Longhi.
5. CONSIDERAÇÕES
Com base
nos dados das pesquisas já realizadas, numa análise do contexto, onde as
tecnologias da informação e comunicação estão no dia a dia dos indivíduos mais
presentes e, com grande influencia em suas vidas, é impossível pensar no
presente e no futuro da educação desapegada das TDIC.
Diante dos depoimentos
dos educandos e com as constantes transformações do meio, o educador deve
acompanhá-las em prol de uma educação de maior qualidade. Esta não é uma tarefa
fácil, o meio hoje se transforma muito mais rápido do que nós conseguimos acompanhar.
Por isso, a ideia de educador, deve ser transformada de detentor de
conhecimento para mediador, instigador.
Pudemos também perceber,
que todos concordam, a propósito e necessário, da capacitação dos profissionais
da educação para o uso correto e pleno dos recursos tecnológicos. Pois existem
várias gerações inseridas neste ambiente e com habilidades muito diferenciadas,
sendo que, a grande parte dos educadores, dentro do possível, procura utilizar
os recursos que já estão disponíveis na escola, mas que na fala dos educandos,
nem sempre são bem aproveitados.
Embora haja pontos
positivos a destacar da estrutura da escola, como o de se ter uma boa
capacidade de computadores, em funcionamento, para atendermos nossos alunos nos
laboratórios diversos, ainda existem aspectos a melhorar. Como a velocidade da internet, que quando muitos alunos
acessam a rede ao mesmo tempo, ela fica muito lenta ou até mesmo cai.
Estas
análises devem ser continuadas, pois através delas possibilitamos a visão
crítica do presente e podemos interferir em perspectiva de um futuro próximo,
com novas possibilidades e propostas, para a construção do conhecimento e
atualização dos processos de ensino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário