UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
CATARINA
CURSO
DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO NA CULTURA DIGITAL
Cursista:
Tarsis Flôr
Escola de Educação Básica
Alfredo Zimmermann
Atividade 3: Jogando
Cursista, mais uma fase de nossos
estudos estão perto de findar. Assim, mais um desafio se apresenta nessa
caminhada. Prepare-se para colocar um pouco de tudo o que conversamos até o
momento em prática. Agora propomos que você e seus (suas) alunos (as) joguem
algum jogo.
OBSERVAÇÃO: Estou atuando em
uma nova função, Assessor de Direção Escolar, por este motivo, a atividade
aconteceu em parceria com a Professora de Inglês, da mesma unidade escolar,
Rosa Nilva Soares de Mello.
JOGANDO AYITI: THE
COST OF LIFE
Imagem disponível em: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR8xkRaJRpEsRREytMLSFlgYMyhD4-Hx1ZDtU5DiWQTD6gG4VlboEq-ioHW
O Jogo Ayiti: the
Cost of Life propõe entretenimento
e ao mesmo tempo educação financeira e econômica, estudando as condições
sociais problemáticas da região do Haiti. Ao jogar o aluno precisa fazer a
tradução do Inglês para o Português e ao mesmo tempo ter a compreensão do texto
para compreensão do jogo e troca de experiências com os colegas.
Fazer os educandos
refletirem criticamente sobres os games que conhecem e jogam, sobre suas
possibilidades, filtrar o que há de positivo, saber opinar e escolher
encontra-se como um dos desafios dos educadores do século XXI. Porém, a
utilização dos jogos digitais na prática pedagógica, possibilita trabalhar
interdisciplinarmente, interligando várias áreas do conhecimento, criando
rapidamente significados aos educandos.
[…] nos dias de hoje, com toda a tecnologia, existem vários
jogos que ajudam na concentração e, também, têm muitos jogos educativos. (Maria
Eduarda, estudante do Ensino Médio – 2º ano 01).
[…] os jogos fazem as pessoas pensar, usarem a cabeça
para se concentrar e tentar fazer estratégias, assim ensinando mais sobre as
técnicas e histórias sobre o jogo, sem falar que um jogo em outro idioma te
possibilita aprender outra língua. (Dionatan da Cruz Fagundes, estudante do
Ensino Médio – 2º ano 02).
Foi interessante, pois, aprendemos sobre como é a vida
de uma pessoa adulta, com compromissos e como administrar o dinheiro. (Pablo
Alexandre Pinto, estudante do Ensino Médio – 2º ano 02).
Como
educador e, após experiências com jogos digitais na educação básica, compreendo
que para utilizar um game como recurso didático, faz-se necessário a
transformação coletiva de tudo que contempla a educação, a formação docente, a
conscientização e apoio da família, da comunidade escolar e, principalmente,
dos educandos. Isto tudo, tendo como base, políticas públicas que ofereçam e mantenham
suportes técnicos e humanos de qualidade.
Pedagogicamente, o professor deve estar preparado. Então,
fazer um bom planejamento, com objetivos claros do tema e do jogo dentro do
mesmo, assim assegurando aos educandos um sentimento de confiança na inserção
de jogos digitais nas aulas.
A atividade foi muito elaborada, muito bem-feita. Com
um grande objetivo de transmitir seu conceito. Jogo com frequência jogos de
grande popularidade mundial. E, esse jogo, simples e natural chamou minha
atenção […] Todo jogo tem maneiras diferentes para aprender. (Frank Willian de
Camargo, estudante do Ensino Médio – 2º ano 02).
Neste sentido, para o educador sentir-se seguro dentro
desta proposta, faz-se necessário, indispensavelmente, pesquisar, conhecer e
praticar jogos digitais. Como um bebê que está conhecendo o mundo, curioso,
experimentando de tudo, para assim saber, o que lhe faz bem, o que é prazeroso.
Estas tarefas são fundamentais para um planejamento de aulas com a inserção de
jogos digitais.
Com alguns jogos dá para aprender de tudo. É só saber
escolher os jogos certos, que desperte o interesse dos alunos […]. (Jaqueline
Rezende, estudante do Ensino Médio – 2º ano 02).
Os
educandos, costumeiramente, praticam games e casual games, esportivos,
de lutas, guerras, estratégia, etc. Resultando em dificuldades e desafios, para
que os mesmos jogassem e entendessem o game Ayiti: the Cost of Life, em
seus objetivos e traçando estratégias. Jogar com o objetivo de administrar o
dinheiro de uma família; colocar os personagens para trabalhar; garantir
salário, sustento e a educação dos filhos (em escolas que cobram mensalidades);
cuidar da saúde e da segurança da família. Sem ler, traduzir as regras e os
textos de ajuda, alguns educandos saíram frustrados após a experiência do óbito
de seus personagens.
Achei legal, pois foi uma aula
diferente, mas não gostei, não entendi muito bem o objetivo do jogo. Tinha que
dar trabalho, levar ao médico e dar educação. Mas, quanto mais eu fazia isso,
mais eles perdiam o dinheiro e morriam. (Aline Isabel Vonz da Silva, estudante
do Ensino Médio – 2º ano 01).
[…] Você tinha o objetivo de não
deixar uma família morrer. Mas, era impossível de eles não morrerem […]. Sim é
possível aprender com os games, um exemplo é o “GTA”: se você matar alguém
– vai preso, ou foge é claro. Futebol, também, te ensina como é um pouco. […]
Este jogo do Ayiti: the Cost of Life, não gosto. Mas, outros jogos que
tem como saber como jogar, e ter mais ação – sim. (Lucas Eduardo da Silva,
estudante do Ensino Médio – 2º ano 01).
As frustrações do não êxito no
alcance dos objetivos do jogo provem de vários fatores distintos. Ao explicar a
atividade fazendo o encontro com a disciplina de inglês, a professora
esclareceu muito bem os objetivos do jogo e as habilidades necessárias para
concluí-lo. Porém, alguns educandos não deram muita atenção à explicação. Outro
fator considerável envolve a diferença de culturas e o abismo entre a realidade
social do Haiti e do Brasil, assim, envolvidos neste outro contexto divergente
ao habitual, não conseguiram lidar com estas diferenças, não atingindo os
objetivos do jogo apesar de sabê-los. (Professora Orientadora de Tecnologias
Educacionais Jeanine Isis Tomelin).
Concluída
e avaliada a experiência, considero a mesma válida, com potencial. Apesar de
apresentar ressalvas. Os educandos envolveram-se com a proposta, e com
aceitação majoritária. A atividade também trouxe outro contexto, tema atual –
os haitianos que chegam ao Brasil são vistos à margem, e apesar da tradução e a
interpretação de textos do inglês para o português ser elemento fundamental
desta proposta, o jogo traz conhecimentos extras e transversais, dialogando
para e com suas vidas.
A concentração ao jogar, a discussão
dos erros e acertos foi benéfica. Além do objetivo de entreter e educar o
jogador. Do ponto de partida deste jogo, promoveu uma conscientização sobre o
contexto social de famílias pobres que vivem no Haiti. E os problemas de
sobrevivência. (Rosa Nilva Soares de Mello, professora de Inglês).
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